A rinoplastia preservadora em caso secundário e pós-traumático é uma das abordagens mais modernas para restaurar a estética e a função nasal com naturalidade e precisão. Em casos secundários — quando o paciente já realizou uma rinoplastia anterior — e pós-traumáticos, essa abordagem oferece resultados mais previsíveis e naturais, com menor agressão às estruturas nasais.
O caso apresentado refere-se a um paciente com histórico de rinoplastia aberta realizada há vários anos e um trauma nasal importante posteriormente. Após o trauma, houve grande comprometimento da função respiratória e da harmonia facial.
Apresentava septo fraturado e danificado, o que causava obstrução nasal e laterorrinia (nariz torto). Também havia irregularidades no dorso, afinamento à direita, assimetria das narinas e da base óssea, base alar alargada e uma ponta nasal globosa e hiperprojetada — alterações comuns em casos de sequelas estruturais e cicatriciais.






Pré-operatório: desvio nasal e alterações estruturais pós-traumáticas.
Avaliação clínica e tomográfica
A avaliação pré-operatória detalhada é fundamental nesses casos. Foram realizados exame físico minucioso e tomografia computadorizada, que confirmaram o comprometimento das estruturas internas do nariz, especialmente do septo e dos componentes osteocartilaginosos da pirâmide nasal.
O planejamento cirúrgico teve como meta restabelecer a função respiratória e reconstruir a estética nasal, respeitando a anatomia original do paciente e buscando naturalidade e harmonia facial.
Por que optar pela rinoplastia preservadora em caso secundário e pós-traumático
Diferente das rinoplastias tradicionais, que costumam remover estruturas e requerem enxertos adicionais, a técnica preservadora procura manter as linhas e ligamentos naturais do nariz, reposicionando e remodelando de forma mais controlada.
- Diminui o risco de novas cicatrizes internas e retrações;
- Mantém a integridade dos tecidos ainda viáveis;
- Reduz o tempo de recuperação e o edema pós-operatório;
- Reduz o risco de infecção pós-operatória, por ser uma técnica menos traumática e com maior preservação da vascularização e dos tecidos moles;
- Evita a necessidade de enxertos de costela ou orelha na maioria dos casos.
Técnica cirúrgica utilizada
O procedimento foi realizado por meio de técnica fechada e preservadora, sem incisão externa, proporcionando uma recuperação mais rápida e cicatrizes invisíveis. Durante a cirurgia foram executadas as seguintes etapas:
- Correção septal e realinhamento das estruturas internas para reestabelecer o fluxo aéreo;
- Reposicionamento e refinamento das cartilagens da ponta nasal, utilizando o strut septal como suporte;
- Reposicionamento da pirâmide óssea, com redução controlada da base alar e ajuste da simetria;
- Emprego apenas de enxerto septal viável, sem necessidade de enxertos de outras regiões do corpo.
Toda a reconstrução foi feita com foco em preservar o máximo possível das estruturas anatômicas originais, característica essencial da rinoplastia preservadora funcional.
Este resultado reforça os benefícios da rinoplastia preservadora em caso secundário e pós traumático, proporcionando harmonia e função.

Recuperação e pós-operatório
O período pós-operatório foi estável, sem intercorrências. O paciente apresentou melhora significativa na respiração já nos primeiros dias e redução progressiva do edema. Por tratar-se de uma abordagem fechada e pouco invasiva, a recuperação ocorreu de forma mais rápida e confortável, com retorno gradual às atividades sociais em poucos dias.
A rinoplastia preservadora em casos secundários exige experiência cirúrgica, planejamento tridimensional e respeito à anatomia residual — fatores que reduzem o risco de complicações e asseguram um resultado previsível.

Resultado final
O resultado obtido foi um nariz reto, com correção das irregularidades do dorso, refinamento da ponta nasal e base alar proporcional ao rosto. O conjunto facial tornou-se mais equilibrado, com naturalidade e harmonia, sem aparência de nariz operado.
Além da melhora estética, houve restauração completa da função respiratória, demonstrando que a rinoplastia preservadora pode oferecer resultados duradouros e fisiológicos, mesmo em situações complexas como cirurgias secundárias e pós-traumáticas.
Este caso de rinoplastia preservadora em caso secundário e pós-traumático reforça os benefícios da técnica, proporcionando resultados naturais e funcionais, com respeito à anatomia e à individualidade de cada paciente.